O Ministério do Ensino Superior confirma os atrasos mas garante que a situação está a ser regularizada.
Muitos destes jovens estudam a centenas de quilómetros de cãs e continuam à espera que o Estado lhes pague a bolsa de estudo deste mês.
«Cada vez mais eles estão a atrasar a entrega e cada vez mais temos de contar os trocos que temos. Normalmente recebíamos nos dias 9 ou 10 e agora é a 15 ou 16 e nunca temos um dia certo», desabafa
Miguel Maia, enquanto outras colegas acrescentam frases de indignação: «Fui à conta e vi que tinha 20 euros, mas pensei que no dia 10 já tinha os 98 euros, mas isso não aconteceu»; «Muitas vezes ir a casa é complicado, eu já não vou a casa há mais de um mês».
O atraso nos pagamentos das bolsas no Politécnico de Tomar não é caso único. Repete-se um pouco por todo o país, conforme confirmaram à TVI as associações académicas de Lisboa, Coimbra e Minho. São cerca de 60 mil os estudantes que todos os meses precisam desta ajuda do estado para continuarem a estudar.
«Quem recebe a bolsa mínima como eu, e não pede empréstimo, tem que sobreviver com cem euros para 30 dias e às vezes mais porque atrasam», acrescenta Miguel Maia.
Contactado pela TVI, o Ministério do EnsinoSsuperor garante que a situação está a ser regularizada, mas não explicou a razão dos atrasos nem se comprometeu com uma data para concretizar os pagamentos.
Até lá, os estudantes continuam à espera. Uns sentados, outros encostados às famílias cada vez mais sobrecarregadas.
Fonte: TVI24
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