segunda-feira, 2 de maio de 2011

Estudar em Helsínquia não custa nada

 Na Finlândia todas as universidades são públicas e não há propinas.

Com um orçamento de 624 milhões de euros anuais, a Universidade de Helsínquia (UH) aposta forte na investigação. A maior e mais antiga universidade do país, que está a decidir (também) o futuro do empréstimo internacional a Portugal, tem 35 mil alunos distribuídos por 11 faculdades e outros 11 institutos de pesquisa.


Destes alunos, cerca de 2.500 são internacionais. A UH está também nos primeiros dez lugares de várias listas internacionais de universidades dedicadas à investigação. No ‘ranking' do Financial Times, fica em 102º lugar, o que faz dela a segunda melhor classificada nos países nórdicos. Cerca de 470 doutorados saem da universidade todos os anos e mais de 10 mil trabalhos e monografias são publicados pelos investigadores da UH.

Pela UH já passaram sete presidentes da Finlândia, incluindo a actual , Tarja Halonen. A UH é bilingue, sendo as aulas dadas tanto em finlandês como em sueco. No entanto, muitos programas (como o International Masters Degree) são dados exclusivamente em inglês, língua que já se constituiu como a terceira no campus. As admissões para o primeiro ciclo de estudos superiores (licenciatura ou bacharelato), porém, são feitas exclusivamente através de um exame em finlandês ou sueco.

A universidade é tão exigente que apenas cerca de 15% dos candidatos entram na UH. Para entrar, é preciso fazer um teste de admissão em finlandês ou sueco e, em alguns cursos, ter igualmente uma boa nota num teste de inglês. Além disso, é preciso juntar ao formulário de admissão o diploma do secundário, reconhecido por uma embaixada ou consulado finlandês, uma folha com as notas do ensino secundário e uma carta de motivação. Todos os documentos devem estar em finlandês, sueco ou inglês e as traduções devem estar certificadas. As cópias na língua original, também reconhecidas oficialmente, têm de ser adicionadas à lista.

Como cidadão da União Europeia, é preciso apenas registar-se na polícia para residir na Finlândia. Para o fazer, tem de se provar que a razão da vinda para este país é o estudo e que se tem meios de sustento para suportar o custo de vida finlandês.

Cerca de 50 bolsas da universidade são atribuídas todos os anos. Uma bolsa, de cerca de 1.000 a 1.500 euros, pode ajudar a pagar as despesas que, no entanto, não são muitas. No momento de admissão é preciso pagar uma taxa ao sindicato dos estudantes, de cerca de 90 euros. O custo de vida é de cerca de 700 a 900 euros por mês, incluindo o alojamento numa residência universitária. Se se quiser alugar um quarto, no entanto, o preço também não é muito caro: cerca de 300 euros. E não há propinas na Finlândia.

Helsínquia, Finlândia
Helsínquia espalha-se por várias ilhas. Com uma população de 588 mil habitantes, é a maior cidade da Finlândia. Cerca de 70% das empresas estrangeiras que operam no país estão na área metropolitana de Helsínquia. Em 2012, a cidade vai ser a Capital Mundial do Design.

Fonte: Económico

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